Criar Satisfação no Trabalho

Aproveitar o seu emprego ao máximo

Encontre um trabalho de que goste e acrescentará cinco dias a cada semana” – H. Jackson Brown, Jr

Para muitos de nós, a ideia de ter um trabalho verdadeiramente motivador – aquele em que o trabalho parece não o ser – é pura fantasia. Sim, claro que os atletas profissionais e os actores podem ter encontrado uma forma de fazer o que adoram e receber dinheiro por isso… Mas será que existe alguém que sonhe em estar sentado a uma secretária a processar documentos, ou a ver produtos a passar por eles em tapetes de montagem, ou em trabalhar para solucionar os problemas dos outros?

Os sonhos duma carreira são uma coisa; a realidade prática, outra muito diferente. Quando, por felicidade, coincidem, aproveite a sua oportunidade e desfrute-a! Quando isso não acontece, é bom saber que é possível obter satisfação no trabalho, mesmo quando optámos por uma escolha de carreira prática. A satisfação no trabalho não significa perseguirmos as opções ultra-glamorosas ou transformar o nosso hobby em dinheiro. Podemos trabalhar para ter realização profissional e encontrá-la nos locais mais inesperados.

O centro da satisfação no trabalho é a sua atitude e as suas expectativas; é mais a forma como aborda o seu trabalho, do que as tarefas que executa. Quer trabalhe no campo, numa linha de montagem, num escritório ou num campo de futebol, o segredo é compreender os ingredientes chave da sua receita única, para a realização profissional!

Identifique o que lhe cria satisfação!

Existem algumas abordagens básicas ao trabalho: é um emprego, uma carreira ou uma paixão? Dependendo do seu tipo de trabalho actual, os factores que o satisfazem podem variar.

  • Se trabalha num EMPREGO, o que o atrai mais são as compensações obtidas pela sua posição: salário, seguros, telemóvel, carro, etc… São estes factores que vão decidir se continua ou sai da função actual.

  • Se trabalha numa CARREIRA, procura promoções e oportunidades para o seu desenvolvimento pessoal. A sua satisfação está ligada ao seu estatuto social, poder ou posição.

  • Se trabalha numa PAIXÃO, é o próprio trabalho que determina a sua satisfação, independentemente do dinheiro, prestígio ou controlo.
Inevitavelmente, tudo o que escrevi são generalizações; vai reconhecer que obtém realização profissional em mais do que uma das abordagens citadas. No entanto, estar ciente do tipo de trabalho que faz e daquilo que necessita para estar satisfeito, ajudá-lo-á a identificar e ajustar as suas expectativas.


Desenvolver a Realização Profissional

Assim que tenha identificado a mistura de estatuto, poder ou felicidade intrínseca que devem estar presentes no seu trabalho para que se sinta realizado, deve passar para os “sete ingredientes dum trabalho satisfatório”. Eles são:
  • Auto-consciência
  • Desafio
  • Variedade
  • Atitude Positiva
  • Conhecer as suas opções
  • Estilo de vida equilibrado
  • Um sentido de objectivo
Auto-Consciência:
O primeiro passo na procura da realização profissional é o auto-conhecimento. Se quer ser feliz e ter sucesso, precisa de compreender os seus pontos fortes e fracos. Isso ajudá-lo-á a identificar os tipos de profissões que o ajudarão a desenvolver esses pontos fortes e minimizar os fracos. Uma ferramenta útil para realizar esta auto-análise é uma Análise SWOT Pessoal: se desejar recebê-la, contacte h.goncalves@conexus-international.com.pt

Se é difícil sentir-se satisfeito numa área que não é do seu agrado, não será melhor (em vez de passar o tempo a deprimir e a frustrar) analisar friamente as áreas em que é bom e tentar encontrar uma nova área de trabalho em que as possa usar? Mesmo dentro da sua posição actual?

Outra componente importante da auto-consciência é compreender bem as suas características pessoais e o estilo de trabalho preferido. Se já realizou o Perfil Forté com a Conexus International, porque não relê-lo? Ao aumentar a sua auto-consciência, pode trabalhar para alcançar a mistura ideal de recompensa e estatuto que se adaptam a si e que pode alcançar de forma realista. Saber isto, pode ajudá-lo a estabelecer objectivos apropriados e a gerir as suas próprias expectativas.

Quanto mais as suas preferências e as exigências da função se adequarem, mais aumenta o seu potencial de realização profissional. Os restantes “seis ingredientes” determinam quanto desse potencial alcança na realidade.

Desafio:
Podemos não o sentir todos os dias, mas todos gostamos de desafios interessantes. Quer isto dizer que devíamos de estar todos a trabalhar na NASA?
Não… Áreas diferentes desafiam pessoas diferentes em alturas diferentes! Você apenas precisa de descobrir o que pode fazer, para se certificar de que não fossiliza no local de trabalho!

Mesmo que a função em si não seja um desafio, pode torná-la assim! Pense nestas ideias e adapte-as à sua realidade:
  • Estabeleça os seus padrões de desempenho: tenha como objectivo bater os seus próprios recordes anteriores ou estabeleça uma competição saudável com os seus colegas.
  • Ensine a outros as suas técnicas de trabalho: nada é mais recompensador do que passar as suas técnicas e conhecimentos a outros.
  • Peça novas responsabilidades: estas dar-lhe-ão oportunidades para se desenvolver.
  • Comece ou envolva-se num projecto que envolva as capacidades que quer desenvolver ou melhorar.
  • Empenhe-se no desenvolvimento profissional: faça cursos, leia livros ou revistas da sua área, frequente seminários. Independentemente da forma como o faça, mantenha as suas capacidades e conhecimentos actualizados.
Variedade:
De mão dada com a necessidade de desafios, está a necessidade de minimizar o aborrecimento. Este é um dos culpados principais, quando falamos de insatisfação profissional. Quando a sua mente está aborrecida, no seu desempenho laboral faltarão interesse e entusiasmo. Mesmo que o seu trabalho se adeqúe às suas capacidades e conhecimentos, tornar-se-á monótono e frustrante.

Eis alguns métodos para aliviar a monotonia profissional:
  • Aprenda e desenvolva novas capacidades.
  • Peça para mudar para uma nova tarefa/projecto/departamento, que exijam as mesmas capacidades.
  • Peça para trabalhar num horário diferente.
  • Ofereça-se para realizar tarefas novas.
  • Envolva-se em trabalho de voluntariado, na sua empresa ou fora dela.
  • Em casos mais profundos, peça uma licença sabática e reflicta sobre a sua vida profissional.

Sugestão 1:
Se o seu trabalho é verdadeiramente repetitivo, acrescente-lhe variedade ao mudar as suas rotinas. Em vez de ir almoçar sempre ao mesmo sítio com os mesmos colegas, vá para um local diferente! Na Primavera ou verão, aproveite o bom tempo e coma ao ar livre… Cansado de ver sempre as mesmas caras? Reposicione a sua secretária e tenha uma vista diferente.

Sugestão 2:
Todos os empregos e funções têm tarefas repetitivas. Se quer ser um bom profissional, sabe que as tem de realizar na perfeição (acredite que mesmo o seu chefe tem imensas tarefas que detesta realizar!) Tente encontrar um equilíbrio na sua agenda diária, entre tarefas interessantes e aborrecidas. Evite fazer as que não gosta a seguir ao almoço.


Atitude Positiva:
A atitude desempenha um papel fundamental na forma como vemos o trabalho e a vida. Se está deprimido, zangado ou frustrado, não ficará satisfeito com nada. Mudar para uma atitude positiva é um processo complexo, que exige muito trabalho e um empenho fortíssimo. Contudo, com o tempo, pode começar a ver a maior parte dos eventos da sua vida como positivos e valiosos. Aqui ficam algumas sugestões:
  • Impeça os seus pensamentos negativos.
  • Reformule-os, para que sejam positivos.
  • Coloque os acontecimentos do dia no contexto correcto.
  • Não pense constantemente no que correu mal.
  • Veja os obstáculos como desafios.
  • Torne-se um optimista: todas as situações menos positivas trazem uma lição.
  • Procure um coach profissional, que o ajudará a identificar e modificar pensamentos e acções negativistas.
Conheça as suas opções:
Quando se sente ameaçado, pode começar a ficar ansioso. No inicio, interroga-se sobre o que mais lhe pode acontecer neste emprego… Depois avança para o ponto em que se convence de que qualquer outro trabalho será mais interessante… O desinteresse pelo que faz aumenta, a capacidade de trabalho diminui… Nos momentos em que se sente mais positivo, começa a procurar outros empregos. Nos dias mais cinzentos, pensa apenas em tudo o que perderia se saísse da empresa e na dificuldade em encontrar emprego: resigna-se e continua a trabalhar, mas sem empenho…

Para combater isto, procure sempre novas oportunidades. Esteja atento a jornais, a conversas de colegas, amigos, familiares. Quando vê opções, sente que tem mais controlo sobre a sua vida. Quando escolhe de forma consciente ficar na mesma função, esta torna-se mais atraente; pelo contrário, se fica nela porque sente que não tem outras opções, vai-se sentir forçado e contrariado.

Para se auto-motivar:
  • Mantenha uma lista de tudo o que tem vindo a alcançar (reconhecimento social, condições financeiras, seguros, prémios, etc).
  • Actualize regularmente o seu CV.
  • Mantenha-se actualizado quanto às tendências de emprego da sua área (por ex, há um aumento da procura em engenheiros informáticos que dominem determinado programa? Talvez seja interessante frequentar um curso).
  • Procure outros empregos que lhe interessem, mesmo que não se queira candidatar. Quais as condições que oferecem? São interessantes? Porquê?

Manter um estilo de vida equilibrado:
Já está farto de ouvir que deve manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Quando nos focamos em demasia num e esquecemos o outro, colocamos toda a nossa vida em stress.

Quando o trabalho domina a nossa vida, é fácil criar ressentimentos e perder o sentido de perspectiva. De repente, sobre toda a nossa vida paira uma nuvem negativa. Se quer analisar duma forma realista o seu equilíbrio, peça a nossa ferramenta “A Roda da Vida”, através do e-mail h.goncalves@conexus-international.com.pt

Encontrar um sentido de objectivo:
Por fim, existe a necessidade de encontrar um objectivo, em tudo o que fazemos. Mesmo que a nossa função seja aborrecida, ajuda muito se conseguimos encontrar os benefícios reais que oferecemos aos outros, através do nosso trabalho.

Até o trabalho mais mundano tem um fim, se o observarmos de perto. E se não tem, acha mesmo que deveria estar a desperdiçar a sua vida a fazê-lo?