Cauteloso ou corajoso?


Conheça o seu grau de preferência pelo risco e tome decisões melhores!

A forma como toma decisões afecta tudo o que faz. Desde o momento em que acorda, está constantemente a decidir. Tudo, desde a roupa que vai vestir, à hora em que regressa a casa, exige uma decisão, por pequena que seja… E, inerente a todas as decisões, existe sempre um elemento de risco!

O seu processo de decisão
Para decidir da melhor forma, é importante que compreenda a forma como aborda o processo de tomada de decisão.
Por cada decisão que toma, existem elementos desconhecidos que não consegue controlar. De forma consciente ou inconsciente, você avalia estes elementos desconhecidos e o potencial resultado de cada alternativa, quando decide. Contudo, o resultado e os riscos envolvidos não são absolutos: são uma estimativa e, por esse motivo, influenciados pela sua percepção. Por outro lado, a sua percepção também é fortemente modificada pela sua propensão para arriscar.
Por natureza, algumas pessoas são mais tolerantes ao risco. Todos conhecemos alguém que adora o risco, que aposta constantemente… Para elas, a sensação de risco e as recompensas potenciais fazem com que o stress valha a pena!
A verdade é que o seu processo de decisão é afectado pelo seu perfil de risco. Quando é favorável ao mesmo, tende a ponderar e a assumir opções mais arriscadas. Pelo contrário, as pessoas que necessitam de maior estabilidade e controle, vão preferir hipóteses bem menos arriscadas, preferindo manter o status quo.


Conheça a sua propensão para o risco
Quando pensa no seu processo de decisão, deve compreender e conhecer (em primeiro lugar) a sua atitude perante o risco. É adverso ao risco, assume-o ou depende da situação em que se encontra?
A quantidade de risco que aceita nas suas decisões, está relacionado com o seu perfil. Algumas pessoas são, por natureza, mais cautelosas. Por esse motivo, aquilo que para um decisor cauteloso representa um risco elevado, é, para aqueles que arriscam mais, bastante mais seguro.
Este factor é importante, porque todos temos de arriscar na vida, para alcançarmos todo o nosso potencial. Faz sentido encontrar uma via moderada, entre uma cautela sufocante e um optimismo inconsciente. A capacidade de encontrar este meio termo, de assumir riscos duma forma inteligente, é uma tremenda vantagem no mundo empresarial.
A investigação científica tem demonstrado que o seu tipo de personalidade é uma boa forma de prever a sua propensão para o risco. Nessa área, as pessoas podem ser categorizadas em três grupos diferentes. Alguns de nós (para quem fez o Perfil Conexus, são, na sua maioria, Dominantes e Extrovertidos) vivem e adoram a sensação de risco e de perigo, procurando-a de forma activa. Estas pessoas gostam de se divertir, apreciam as novidades e o perigo, não se preocupando muito com o que os outros pensam ou dizem. O segundo grupo é constituído pelas pessoas com uma personalidade oposta (no Perfil Conexus, os Pacientes e Organizados), são normalmente adversos ao risco.
O terceiro grupo engloba pessoas com perfis mais adaptáveis, que tomam riscos dependendo da situação. A sua abordagem ao risco tende a ser diferente, nas seguintes seis áreas:
•Saúde
•Segurança pessoal
•Social
•Diversão
•Carreira
•Finanças pessoais
Os exemplos de como estas pessoas assumem riscos diferentes consoante as áreas, incluem um fumador que gosta de conduzir depressa, mas que fica toda a vida numa empresa (arrisca a sua vida pessoal e a sua saúde, mas não a sua carreira); ou alguém que desiste dum bom emprego para começar a sua empresa, mas que usa sempre capacete quando anda de mota (arrisca a sua vida financeira, mas não a sua segurança pessoal).

Propensão para o Risco e Tomada de Decisão
Assim que esteja plenamente ciente da sua abordagem ao risco, pode começar a pensar sobre como o seu apetite natural para o risco influencia as suas decisões. Se é um decisor “corajoso” naturalmente, então deve querer aumentar a quantidade de análises que realiza, para evitar riscos perigosos e desnecessários. Por outro lado, se é um decisor “cauteloso”, pode ser útil conhecer quais os motivos por detrás dos seus “travões” constantes.
Veja como pode usar o seu auto-conhecimento de propensão para o risco, quando tem de decidir entre várias opções:
Passo um: Analise o grau de risco de cada opção
Em primeiro lugar, tem de identificar os perigos inerentes a cada opção, a probabilidade de ocorrência e o impacto potencial, se se materializarem. É importante fazer uma análise de risco formal se a escala de decisão for muito grande, ou se as consequências forma potencialmente elevadas: por exemplo, a empresa ou o negócio sofrerem fortes danos. Calcule os riscos de cada opção e veja como os pode gerir. Seleccione a sua opção.
Passo dois: Compare a sua propensão de risco com o grau de perigo oferecido pela opção que seleccionou
Se é um decisor “corajoso”, que gosta de arriscar e seleccionou uma opção de alto risco, dê um passo atrás. Considere se a sua decisão foi influenciada pela “excitação” que esta opção arriscada oferece. Apesar desta ser muito atractiva, é realmente a melhor escolha, ou está só a querer sentir a adrenalina?
Se, pelo contrário, tende a decisões mais cautelosas e adversas ao risco, e escolheu a opção mais segura, veja se a sua prudência natural não o está a impedir de alcançar objectivos perfeitamente reais.

Pontos Chave
Estar ciente da sua propensão natural para o risco pode beneficiá-lo imenso, no momento da decisão. As pessoas que assumem riscos e preferem opções mais aventureiras, devem rever as suas decisões cuidadosamente. Por outro lado, aqueles decisores que são mais prudentes devem desafiar-se a si mesmos, para sair da sua zona de conforto.
Conhecer os seus padrões de risco vai ajudá-lo a determinar se está verdadeiramente a escolher a melhor opção ou se está a ser demasiadamente influenciado por ela.
A tomada de decisão é uma área essencial da sua vida pessoal e profissional. Use-a da melhor forma, na sua próxima decisão!


1 comentários:

Unknown disse...

Bem, não deixo de agradecer pelo optimo texto aqui escrito.

Falando por experiência própria, todo o risto que temos na vida, seja ele pessoal ou laboral, depende da forma como a pessoa se apresenta e se comporta consigo própria e com a sociedade dependendo da personalidade do indivíduo em questão. Todas as pessoas têm sonhos, o que muitas vezes não têm, é uma forte auto-estima aliada a uma forte auto-confiança, possibilitanto assim, uma positiva gestão de riscos, pois quando estamos em baixo, qualquer risco que nos é apresentado mesmo o mais simples, é-nos recusado pelo ego. Temos, sim, acima de tudo como Seres Humanos, e com o objectivo de cada dia sermos melhores e mais usados que o dia anterior, conseguir acreditar em nós e reconhecer os nossos limites. Temos de ser coerentes e racionais com o que nos é apresentado e acima de tudo conseguir pôr a teoria em prática!

Paulo Nóbrega